SEGURANÇA

Gestão de riscos
A primeira etapa de uma gestão de riscos é a análise de riscos, atividade pela qual se divide os riscos existentes em categorias e, quando possível, as articula em gêneros e espécies. Não é a hora ainda de avaliar qual é o risco mais comum ou grave. Deve-se ter em mente que os riscos mudam de local para local, sendo específicos mesmo em atividades iguais, como a natação em águas abertas.
Após a análise de riscos, quando os riscos já estão classificados em categorias e articulados em gêneros e espécies, então é o momento de medir os riscos. Medir os riscos significa compará-los com outras grandezas mais facilmente compreensíveis, podendo elas serem qualitativas ou quantitativas, neste último caso, expressas matematicamente. Assim, mede-se os riscos comparando-os com escalas de tempo, porcentagem, etc.
Após a análise e medição dos riscos, após conhecidos os riscos da melhor maneira possível, é hora de planejar formas de minimizar os riscos, etapa denominada de gerenciamento de riscos. Dentro do gerenciamento de riscos, há a criação de protocolos de segurança.
Protocolos de segurança
A partir os passos anteriormente descritos, os Cruzadores desenvolvemos diversos protocolos de segurança, são exemplos: a) com exceção de costões e ilhas muito próximos, de águas calmas e conhecidas, nunca vamos sozinhos e sempre vamos acompanhados de um caiaque; b) a metragem total da volta nas ilhas deve ter sido simulada em piscina, paralelo ou em ilhas seguras ao menos uma vez; c) nas ilhas mais difíceis, deve-se sempre esperar as melhores condições climáticas; d) no caiaque deve ir: alimentação e hidratação adequados, colete salva-vidas, nadadeiras, equipamentos de imagem, telefone, medicamentos necessários, protetor solar, óculos reserva e vaselina, tudo sempre amarrado ao caiaque; e) a meta é dar a volta na ilha em segurança, o desempenho não é importante e o uso de equipamentos é estimulado; f) deve-se sempre estar com roupa de borracha para evitar sérias queimaduras de águas vivas; g) o caiaque deve estar sempre o mais próximo possível do nadador e é sempre o nadador quem estipula o ritmo de nado; h) havendo discordância em relação à orientação do nado, prevalece sempre a posição privilegiada do caiaque; i) há sempre um plano a ser seguido, porém o plano deve ser constantemente adaptado à situação real e, havendo risco de integridade física, deve-se sempre buscar as alternativas mais seguras no momento.
Previsão do tempo
A correta leitura e compreensão da previsão do tempo é muito importante para as expedições a ilhas costeiras e oceânicas, uma vez que uma situação climática ruim pode dificultar muito a expedição ou até mesmo colocar os participantes em risco, como no caso da presença de descargas elétricas ou de baixa visibilidade. Assim, é importante saber ler e compreender os regimes de ventos, correntes, ondas, tempestades, chuvas, visibilidade e etc. o que só se ganha com a prática continuada.
Navegação
Por navegação designamos a orientação geral no espaço marítimo, seja na natação, caiaque ou vela. A navegação na natação e no caiaque é muito simples, uma vez que nelas nunca se perde a costa e o destino do campo visual. Para uma boa navegação na natação e no caiaque, não obstante, deve-se observar a visibilidade, a força e direção dos ventos e correntes. Na natação, há ainda a necessidade da respiração frontal e bilateral periódica.
Os Cruzadores não oferecem nenhum serviço, nem treinamento, nem passeios ou turismo, assim não se responsabilizam pela segurança daqueles que se aventuram junto com eles.
Nunca treine sem acompanhamento de profissional qualificado.